Símbolo do Ateísmo |
Pode até parecer que eu esteja falando uma bobagem tremenda, mas, cada
dia que passa o ateísmo vem se disseminando e se tornando, ironicamente, uma
grande “religião”. Digo religião, não por acreditarem em alguma força extraordinária ou seguirem
alguma doutrina espiritual-afinal, ateu não é apenas quem não acredita em Deus, mas sim,
quem não acredita nem em Deus, nem em nenhuma força que fuja do material e
parta para o místico- mas, pelo fato de estarem, cada vez mais, crescendo e
em certos casos até se reunindo para debater ideias em busca de respostas que
esclareçam dúvidas sobre oque existe e oque são, segundo eles, ilusões da mente
humana.
O maior ícone do ateísmo mundial chama-se Friedrich Nietzsche, trata-se
de um filósofo alemão que viveu no século XIX. Seus pensamentos, suas teorias e
seus discursos voltados contra as religiões, principalmente o Cristianismo,
sobrevivem até hoje com incrível notoriedade, diria até adoração entre os céticos.
Entre suas frases mais famosas estão:
“Os grandes intelectuais são céticos”.
“O que não provoca minha morte me torna mais forte”.
“O evangelho morreu na cruz”.
Considero os ateus as pessoas mais cultas que conheço, são engajados,
muitas vezes com profundo conhecimento em ciências, buscam explicação para
questões importantes e que às vezes não damos o devido valor, não podemos
esquecer que várias das mantes mais brilhantes da história da humanidade eram
ateus. Mas... (sempre tem um “mas”)
Não considero a decisão de não acreditar em Deus uma decisão do nível da
inteligência que lhes é creditada. É verdade que não existem provas científicas
para e existência de Deus, mas vamos lá, alguém apresente as provas científicas
de que Ele não existe.
Nietzsche foi, sem a menor dúvida, um cara muito inteligente, porém, não
podemos avaliar apenas o lado bom das coisas. O que muitos de seus “seguidores”
não sabem, é que ele não criticava “apenas” Deus e o evangelho, criticava
também outros pensadores que o mundo considera eternos imortais, como Sócrates,
criticava Lutero que se destacou por sua luta contra as injustiças e
barbaridades (que não são poucas) cometidas pela igreja católica, criticava até
a democracia, envolto a sua eterna sede de poder descrita em muitas de suas
obras filosóficas. Em minha pesquisa sobre Nietzsche, a frase que mais me
chamou atenção não foi nenhuma das citadas anteriormente, me impressionei com a
frase que considerei inteligente do início ao fim: “As convicções são inimigas
mais perigosas da verdade do que a mentira”. Não quero aqui desafiar a
sabedoria de Nietzsche, quem sou eu para tal feito, mas tendo a achar que ele
se afogou nas próprias palavras.
Honestamente, não somos nós, cristãos, que devemos nos preocupar em
provar a existência de Deus, afinal, somos movidos pela fé, que consiste
justamente em acreditar no que não tem explicação, quando se precisa de muita
explicação é porque a fé está baixa ou não existe. Os ateus também não precisam
se preocupar em provar a não existência do Senhor, mas se consideram Nietzsche
um sábio, não lembrem apenas das frases que lhes são convenientes, lembrem
também da frase que o fez entrar em uma das maiores contradições da história da
filosofia.
A soberba para vocês (ateus) pode até não ser pecado, mas creio que coisa boa também não deve ser.